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Próximos Eventos – CAPOTOTAfora 2020 – etapa abril

GALPAS JUST FOR FUN CAPOTOTAFORA 2020 – 2° etapa

Dessa vez tivemos 10 amigos reunidos para correr, curtir e dar risada – muita risada, pra falar a verdade. As 20h sorteamos o traçado, e saiu pista rápida no sentido normal, sinônimo de capotagens!
Logo nas 3 voltas pré-classificatórias já vimos a primeira capotagem da noite, com o Rogério. Como estávamos em 10, dividimos as corridas qualificatórias em duas baterias de 5.
A primeira corrida da noite foi bem especial, terminando com o Rogério brincando de resta um, pois todos os outros quatro carros capotaram. Por isso o Rogério é o primeiro Highlander do Capototafora.
A noite seguiu com muitas capotagens, bolhas e carros saltitantes. O Ronas e o Danilo deram um trato nas suas antigas VDSs e mandaram as carangas pra pista e o Sombra mandou uma antena no seu Ford GT em homenagem aos velhos tempos.
Após as qualificatórias, os pilotos foram divididos assim:
FINAL A: Dennis, Danilo, André, Hélvio e Rogério.
FINAL B: Ronas, Fernando, Eduardo, Sombra e Rafael.
Nessa final B só um sobre para a A, por isso a galera foi pra cima. O Eduardo capotou sozinho logo nas primeiras voltas, assim como o Rafel um pouco depois. No final o Ronas, depois de capotar em duas das três corridas anteriores consegui vencer a bateria e subiu pra A.
Nas Finais A, com seis pilotos na pista, o Dennis e o Rogério capotaram e ficaram de fora, abrindo caminho para a VDS do Ronas, que venceu a primeira final. Na segunda corrida apenas o André capotou e tivemos uma disputa intensa entre Danilo, Dennis e Ronas – que terminaram a corrida nessa mesma ordem. Apesar de ter apanhado a noite toda (do Fernando), nosso amigo Hélvio correu muito bem e não capotou nas finais, por isso acabou em terceiro na classificação final.
A classificação final ficou assim:
1 Ronas
2 Danilo
3 Hélvio
4 Dennis
5 André
6 Rogério
7 Sombra
8 Fernando
9 Eduardo
10 Rafael
Nossa brincadeira é sempre na primeira quinta-feira do mês. A próxima bagunça será no dia 02/04/2020.






Próximo Evento Capototafora 2020 – 05/03

GALPAS JUST FOR FUN CAPOTOTAFORA 2020 – 1° etapa

GALPAS JUST FOR
FUN
CAPOTOTAFORA
Começou a brincadeira! No dia 6 de fevereiro de 2020, primeira quinta-feira do mês, demos início a nosso campeonato interno no Galpas, em São Paulo, com o traçado comum, porém correndo no sentido contrário.
Depois dos treinos livres começamos a competição com as voltas pré-classificatórias. Cada um dos 9 pilotos presentes deu 3 voltas consecutivas para definirmos as divisões iniciais nas corridas classificatórias. A ordem inicial ficou assim:
Dennis,
11.145s
Danilo, 11.925s
Eduardo, 12.150s
Ronas,
12.740s
Sombra, 12.941s
Hélvio, 14.110s
Rafael,
14.450s
André, 14.935s
Fernando, 16.945s
Depois disso começamos as corridas classificatórias. Dessa vez fizemos corridas de 3 minutos. Daí rolou de tudo, capotagens, carrocerias saltitantes, problemas mecânicos, problemas elétricos, problemas de pneu, problemas sem pneu e outros. Não tivemos tantas capotagens como quando corremos no sentido normal, mas demos boas pancadas e muitas risadas.
Ao final das corridas classificatórias os pilotos foram divididos em dois grupos.
FINAL B: Sombra, Hélvio, Eduardo, Rafael e Fernando;
FINAL A: Dennis, Ronas, André e Danilo.
FINAL B: Quem vencesse a corrida única subiria para a Final A, por isso os cinco pilotos correram com sangue nos olhos. O Hélvio perdeu a carroceria logo nas primeiras voltas e foi eliminado, assim como o Rafael, que capotou logo em seguida. Depois disso a corrida seguiu limpa, dentro da normalidade, sem nenhuma ocorrência, tudo nos conformes, sem nada que desse margem à qualquer discussão. O resultado final ficou assim:
1 Eduardo
2
Sombra
3 Fernando
4 Hélvio – SOLTOBOLHATAFORA
5
Rafael – CAPOTOTAFORA
Com isso o Eduardo subiu para a Final A de maneira irrepreensível. Como corre esse menino!
Nas finais A não tivemos capotagens, mas tivemos eliminações interessantes. Danilo, Ronas e André apresentaram problemas e ficaram pra traz. As finais terminaram assim:
FINAL A1 1 Dennis 2 Ronas 3 Eduardo 4 André 5 Danilo –SOLTOFIOTAFORA | FINAL A2 1 Dennis 2 Danilo 3 Eduardo 4 Ronas – SOLTORODATAFORA 5 André – CONGELOTAFORA |
E assim terminamos a primeira etapa do Galpas Capototafora 2020. O ranking do ano começou assim:

Galpas – capoTOtafora 2020

Evento teste do GALPAS JUST FOR FUN, campeonato interno do clube para o ano de 2020.
O encontrou contou com a visita do amigo Hashimoto do CSMZ e mais seis pilotos. Pudemos testar as regras do campeonato, correr e se divertir.
Depois de algumas horas de bate-papo, treinos livres e curtição, já com algumas Heinekens e águas saborizadas na cabeça, fomos para a pista.
Primeiro desafio do dia: Voltas pré-classificatórias. Apenas três voltas por piloto, sempre com pista limpa.
As voltas correram dentro do esperado, até que o amigo Sombra decidiu testar a regra e CAPOTOU! Como ainda não havia aberto uma volta, pôde voltar pra pistas. Deu duas voltas e CAPOTOU DE NOVO! CAPOTOUTAFORA!
Os tempos pré-classificatórios ficaram assim:
1. Dennis, 10.130s
2. Alan, 11.120s
3. Ronas, 11.340s
4. Eduardo, 11.510s
5. Danilo, 11.872
6. Sombra, 11.932 – CAPOTOU!!
7. Hashimoto, 13.980
Segundo desafio: Corridas classificatórias. Como estávamos em 7, o sistema dividiu os pilotos em baterias de 4 e 3 carros.
Fizemos as corridas qualificatórias com 15 voltas cada e as finais com 20 voltas. Estamos discutindo para ver se permanece assim ou faremos corridas por tempo.
De qualquer forma, aqui já pudemos ver a aleatoriedade (e risadas) gerada pela nova regra. As classificatórias ficaram assim:
CORRIDA Q1 1
1. Alan
2. Eduardo
3. Danilo
4. Denis – CAPOTOTAFORA!!
CORRIDA Q1 2
1. Ronas
2. Sombra
3. Hashimoto – CAPOTOTAFORA!!
CORRIDA Q2 1
1 Dennis
2 Danilo
3 Hashimoto
4 Eduardo – CAPOTOTAFORA!!
CORRIDA Q2 2
1 Alan
2 Ronas
3 Sombra
CORRIDA Q3 1
1. Eduardo
2. Danilo
3. Hashimoto
4. Sombra – CAPOTOTAFORA!!
CORRIDA Q3 2
1. Dennis
2. Alan
3. Ronas
CORRIDA Q4 1
1. Danilo
2. Eduardo
3. Hashimoto
4. Sombra – CAPOTOTAFORA!!
CORRIDA Q4 2
1. Dennis
2. Ronas
3. Alan – CAPOTOTAFORA!!
Como estávamos com poucos pilotos, fizemos 4 corridas qualificatórias em vez de 3, com um descarte. Dessa forma os pilotos foram divididos em:
FINAL A: Alan, Danilo, Dennis e Ronas
FINAL B: Eduardo, Hashimoto e Sombra
A Final B seria disputada em uma corrida única, com apenas o primeiro subindo para a Final A. A Final A é disputada em corridas duplas, valendo a soma das voltas completas.
E assim fomos para as finais, todos querendo vencer, mas temendo o fantasma da capotagem!
FINAL B
1. Sombra
2. Hashimoto
3. Eduardo – CAPOTOTAFORA!!
Para surpresa geral, o Eduardo capotou na primeira volta e o Sombra, rei da capotagem até então, não capotou.
FINAL A1
1. Alan
2. Danilo
3. Ronas – CAPOTOTAFORA!!
4. Sombra – CAPOTOTAFORA!!
5. Dennis – CAPOTOTAFORA!!
FINAL A2
1. Alan
2. Ronas
3. Danilo – CAPOTOTAFORA!!
4. Sombra – CAPOTOTAFORA!!
5. Dennis – CAPOTOTAFORA!!
Nas finais A a galera entrou com sangue nos olhos, daí não deu outra. Muitas risada e… CAPOTOTAFORA!!
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1. Alan
2. Danilo
3. Ronas
4. Sombra
5. Dennis
6. Hashimoto
7. Eduardo

Próximos Eventos – Campeonato Brasileiro de Automodelismo Mini-Z 1/28 dias 28 e 29 de outubro de 2017
Guarujá – SP, dias 28 e 29 de outubro de 2017
Inscrição e Regulamento no site – clique aqui
Apresentação Galpas Indoor 1/28 – Site www.miniz.com.br
Publicação do site miniz.com.br sobre o galpas.
Galpas é um clube de vanguarda de Mini-Z com pista fixa localizado no bairro do Ipiranga em São Paulo.
Criado por Rogério e Nihon em 2008 com intuito de divertir-se exclusivamente, o clube surgiu sem intenções algumas, o único objetivo era andar de carrinho. Desta forma o clube se mantém firme a quase 10 anos no cenário do Mini-Z nacional.
Este é o mais antigo clube de Mini-Z do país e tem um dos grupos mais fortes e mais unidos do Brasil. A turma do Galpas é muito legal, muito receptiva e pronta para ajudar a todos.
A pista é uma obra de arte, iluminação, curvas em nivel, subidas e descidas tornam esta circuito um ícone.
Fonte: www.miniz.com.br
Próximos Eventos – 20 de maio de 2017 – Segunda Etapa da Liga Paulista de Mini-Z
No dia 20 de maio de 2017 teremos a Segunda Etapa da Liga Paulista de Mini-Z na cidade de São José dos Campos, a 80 km da capital.
As corridas serão disputadas em pista RRT no ginásio da Igreja da Cidade de São José dos Campos, localizado na Rodovia Presidente Dutra, Km 145 sentido Rio de Janeiro, a partir das 9h. Os detalhes do evento, corridas e classificação deverão seguir o padrão estabelecido no regulamento da Liga.
A organização dessa etapa está a cargo da Kris Shop e seus pilotos. As inscrições já estão abertas, com taxa de R$ 30,00 por piloto. Tanto a inscrição quanto o pagamento podem ser feitos com a Kris Shop.
Lembrando algumas regras:
- Estão liberados os modelos 2WD escala 1/28 sem nenhuma limitação de marca e modelo.
- Pneus de silicone, baterias de lipo e zinco estão proibidos;
- São permitidas todas as peças aftermarket de Mini-Z de qualquer fabricante. Peças caseiras, protótipos e impressas em 3D não são permitidas;
- Carrocerias Kyosho, TRP e Lexan da Modelismo e Cia são permitidas no limite de 8 cm de largura e 18 cm de comprimento. O carro montado já com as baterias deverá pesar no mínimo 170 gramas;
- É permitido apenas motores PN-70T, latinha e VE 3500 – todos vistoriados antes das provas. Não é permitido o uso de aditivos;
- Cronometragem e telemetria LCB;
- Inscrições e pagamento: Krisshop.
Sobre o Ranking do ano, por enquanto o Alfredo Olmos é o líder do Ranking de Pilotos, seguido pelo Gustavo e o Digão. No Ranking dos Clubes, Paulínia Racing está na frente, em uma disputa apertada com RC Auto ASA de São Carlos e Poc Poc de Cerquilho.
Galpas Racing Team – Equipe Campeã Brasileira de Mini-Z 2016
Campeonato Brasileiro de Mini-Z Realizado em Paulínia – 19/11/2016
Campeonato Brasileiro de Mini-Z 2016 realizado na Cidade de Paulínia, contou com a participação de 37 pilotos, de diversos estados.
Imagens
Álbum de Fotos Completo em https://www.facebook.com/minizrj
Valeu pelas fotos Almério 7º colocado na geral piloto MINIZRIO
Video da Final
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Colocação | Piloto | Clube |
1º | DANILO CASTRO | GALPAS |
2º | JULIO BERNARDINETTI | CLUB-Z CURITIBA |
3º | FRANCISCO LIMA | CLUB-Z CURITIBA |
4º | MAXIMILIANO LUCAS | PAULÍNIA RACING |
5º | JÕAO VIU | PAULÍNIA RACING |
6º | RODRIGO DANTAS | PLANETEC RACING |
7º | ALMÉRIO BARROS | MINI-Z RIO |
8º | ANDRE FRANCHI | CLUB-Z CURITIBA |
9º | DENNIS PICKTHALL | GALPAS |
10º | GUILHERME NEGRELO | CLUB-Z CURITIBA |
11º | RONALDO MOLINARI | GALPAS |
12º | SANDRO COLASSO | CLUB-Z CURITIBA |
13º | LUCIANO GONÇALVES | CSMZ |
14º | CARLOS YUKIKAWA | CSMZ |
15º | JOÃO THIAGO | TOP Z SPEED |
16º | ALFREDO OLMOS | ITATIBA RACING |
17º | BRENO SILVA | TOP Z SPEED |
18º | FABIO GALVÃO | CLUB-Z CURITIBA |
19º | GUSTAVO MAURÍCIO | AUTO RC ASA |
20º | RUI VLADEMIR | TOP Z SPEED |
21º | ANDRE ALVES | GALPAS |
22º | GUSTAVO GODOY | CSMZ |
23º | RICARDO OHARA | CSMZ |
24º | RODRIGO BERGAMO | PAULÍNIA RACING |
25º | ALEX OHARA | CSMZ |
26º | TIAGO MORGERO | CSMZ |
27º | WILLIAM DE OLIVEIRA | TIGER TRACK |
28º | RENATO BRENTANO | TOP Z SPEED |
29º | MARCO SIMOES | AUTO RC ASA |
30º | ALAN MARTIN | MINI-Z BRASIL |
31º | JUNIOR CESAR | AUTO RC ASA |
32º | VICENZO SAMPAIO | AUTO RC ASA |
33º | JEFFERSON CANDIDO | KRIS SHOP |
34º | AVENTINO TEIXEIRA | ALAN MODELISMO? |
35º | FLAVIO VARANDAS | PAULÍNIA RACING |
36º | MARCELO SAMPAIO | AUTO RC ASA |
37º | ALBERTO SAVOIA | CLUB-Z CURITIBA |
PNWC Brasil 2017 – Cerquilho – 18/03/2017
Megane Cup – CSMZ 10/12/2016
Campeonato Brasileiro de Mini-Z – 19/11/2016
Campeonato Brasileiro de Mini-Z
Data: 19/11/2016
Horário: 07:00 até 21:00
Local: Ginásio de Esportes Municipal, Paulínia, São Paulo
Realização: Flávio Varandas e Alfredo Olmos
Idealização: Júlio Bernardinetti e Alfredo Olmos
Apoio: Sandro Colasso, Fábio Donato, Douglas Duarte, Alfredo Olmos, Julio Bernardinetti, Fernando Yamashita, Almério Barros, Emerson Barrella, Aurélio Neto, Rafael Rela.
Cronometragem e telemetria: LAP COUNTER BRASIL
mais informação em http://miniz.com.br/campeonato-brasileiro-de-mini-z-19112016/
Videos Galpas 2016
Próximo Evento – 2° Encontro de Mini-z Cerquilho-SP
Inscrições e regulamento: http://miniz.com.br/2o-encontro-de-mini-z-de-cerquilho-sp/
Mini-z – Onde Andar
Onde Andar
YouTube – Mini-z in Rio
YouTube – Canal Mini-z do Zero no Galpas
DIY – Faça sua pista de Mini-z
Veja este vídeo, pista montada com placas de EVA, e as barreiras com as sobras de corte das placas.
Novidade
Mini-z in Rio
Estamos de volta
Evento teste PNWC – 27/02/2016
PNWC Brazil Regional Race
Primeira etapa do PNWC realizada no Brasil. Inscrições e regulamento no www.miniz.com.br, vagas limitadas.
Layout da Pista
Artigo 02 – Começando no Mini-z!
Estou de volta pra escrever o segundo artigo que na verdade deveria ser o primeiro…. Vamos discutir hoje como começar no Mini-z!
Você acaba de comprar o seu primeiro Mini-z, ou de ser chamado pelos amigos pra conhecer a categoria numa pista, e todos começam a falar 595 coisas diferentes… Off-set, MM, pinhão de 8 dentes, T-Plate, Sports, VE, ASF… E fica mais perdido ainda quando olha o equipamento que o pessoal coloca em cima da mesa… 3 tipos de rádios, rodas, pneus, bolhas, chaves philips, alen, ferro de solda e uma caixinha com trocentas peças que você não faz ideia do porquê de estarem lá. Vamos tentar hoje entender como funciona o básico do Mini-z, e o que você precisa ter para começar no Hobby com o pé direito, mas mantendo os dois rins em seus locais originais e funcionando.
- Kit Iniciante:
Recomendação:
- Kit MR03 Sports
- 2 packs ou mais de baterias
- Carregador (depende do seu orçamento, recomendo a leitura do artigo sobre baterias)
- Chave philips de boa qualidade – Pode ser uma Tramontina daquelas de cabo verde, com a ponta preta (imantada). Verifique a medida que mais se encaixa e adquira uma.
- Alicate de bico
- Pinça (as peças e parafusos são minúsculos, pode ser muito útil)
A recomendação atual para os iniciantes no Hobby é o MR03 Sports, que já vem pronto para rodar, necessitando apenas de 8 baterias AAA (4 para o rádio e 4 para o chassi). Vamos entender o porquê?
Hoje a Kyosho é a principal marca nesta categoria, e seus carros emplacaram de tal forma que há fabricantes de peças e upgrades e campeonatos regionais e mundiais, tudo girando em cima destes chassis denominados Mini-z. A escala é 1/27, então qualquer coisa perto disso ou que seja compatível com as bolhas de Mini-z pode ser utilizada para iniciar no Hobby. Há escolhas mais baratas, e mais caras… algumas podem te trazer dor de cabeça, então vou tentar passar um pouco das tendências e de como está o hobby hoje, em 2015.
A Kyosho atualmente fabrica vários tipos de chassis em categorias diferentes nesta mesma escala. Temos carros de tração dianteira (MR-03), Tração nas quatro rodas (AWD – All Wheel Drive), F1, Buggy, Overland (suspensão elevada, com bolhas de SUV), moto (sim, moto… e é bem divertida!)
Como começar? A imensa maioria dos clubes no Brasil e no mundo fazem competições na categoria de tração traseira. Os chassis MR-03 são os mais atuais, então em uma breve história da evolução dos Mini-z, temos:
MR01 AM (fora de linha):
Este chassi foi o primeiro produzido pela Kyosho. A frequência utilizada era a AM 27Mhz, e vários conceitos utilizados neste chassi ainda continuam sento usados nos chassis mais atuais, como o montante traseiro que mudou pouco, alimentação por 4 células AAA e a placa integrada, contendo receptor, ESC e placa controladora de servo que apresenta motor, engrenagens e salva-servo montadas diretamente no chassi.
Esta é a primeira evolução da Kyosho, melhorando consideravelmente a caixa de engrenagens do servo e a disposição da barra de direção, que pode ser trocada sem ferramentas, além de novo desenho de montante de motor, da suspensão dianteira por king pin, com novos upgrades, mas mantendo a geometria de câmber fixo.
MR-02 (fora de linha):
Este chassi teve como principal inovação a disposição das baterias, que passou a ser mais próxima ao chão. Isso possibilitou uma melhora considerável no Centro de Gravidade (CG), deixando as corridas mais fluidas e com menos capotamentos.
MR02 ASF (fora de linha):
Neste modelo foram mantidas as características mecânicas do MR-02 e foi introduzida a placa 2.4Ghz ASF (Auto Selected Frequency), que elimina os cristais e permite que até 40 carros corram no mesmo ambiente. O método de pareamento é simples (consta nos manuais) e é possível a utilização do ICS (plugue)para ajuste dos parâmetros de aceleração, velocidade de resposta de servo, entre outros).
MR-03 ASF (Fora de linha)
Neste chassi, notamos a nova suspensão dianteira com câmber variável, com molas na parte central do chassi e não mais no king pin. Essa nova suspensão melhora o desempenho nas curvas, e permite uma série de configurações de ajuste de câmber e cáster com upgrades disponíveis no mercado. As células de bateria também estão mais próximas do centro, o que diminui a largura total do chassi, melhorando o desempenho em trocas rápidas de direção (centralização do CG) e fazendo-o compatível com bolhas de MR-01 e MR-015 que não entravam no MR-02 por serem muito estreitas. Para isto, o chassi de MR-03 vem com peças sobressalentes para montar a frente configuda para (N) Narrow – estreita, ou (W) Wide – larga. Este termo é muito usado entre os hobbystas para obter informações quando adquirem novas bolhas.
MR03 Sports FHSS (em linha – ESCOLHA PARA INICIANTES!)
Checamos ao MR03 Sports, em que a Kyosho alterou a placa utilizada para baixar o custo de produção. Este chassi não tem alterações mecânicas, mas traz uma placa com modulação 2.4Ghz FHSS, o que a torna incompatível com o rádio KT-18 utilizado na linha ASF.
Este carro é comercializado atualmente na versão Ready Set, ou seja, vem chassi, bolha, rodas, pneus, mini kit de ferramentas básicas para pareamento, troca de pinhão e rodas e um rádio KT-19. O manual ensina como fazer pareamento, resetar o rádio, centralizar as rodas e todos os ajustes que podem ser feitos.
Como o custo é reduzido e este carro pode ser competitivo sem grandes alterações, é uma escolha adequada para iniciar no Hobby, pois quando sentir necessidade, consegue passar este chassi para outro iniciante e pegar um ASF que atenda sua evolução!
Atualmente no Brasil há uma categoria especial para este chassi, sendo permitidas poucas alterações, de forma que a competição seja saudável e o mais nivelada possível, para incentivo de novos adeptos ao Hobby.
MR03 VE ASF (Brushless – Em linha)
Esta é a evolução natural esperada para a categoria. Para este chassi, foi mantida a parte mecânica, e introduzido o motor brushless, com mais potência e maior autonomia. Pelo fato deste motor não ter sensores (sensorless), o modelo apresenta COG nas arrancadas, ou seja, a a arrancada é meio truculenta no início, mas há ajustes do ICS que podem minimizar estes efeitos.
MR03 VE PRO (Em linha):
Esta é a última versão, que pode ser utilizada tanto com rádios atuais como com o novo rádio EX-6, que utliza a o protocolo MHS (Mini-Z Hybrid Spread Spectrum), proporcionado uma resposta 4x mais rápida quando comparado ao ASF com Rádio KOPropo EX10 Euros e 16x mais rápida que quando utilizado com o rádio KT-18.
Concorrentes:
Hoje temos diversos concorrentes e fabricantes dos chamados “chassis aftermarket” como o AMZ da Atomic, o PN2.5 da PN Racing (utiliza bolhas wide e placa própria com frequência 2.4Ghz Spektrum), MRCG (fora de linha), entre outras opções no mercado.
Você pode encontrar no mercado alguns carros da marca Firelap (AM e 2.4Ghz), mas não tive boas experiências com estes chassis no passado.
- Entendendo o MR03:
Vamos dividir o carro em partes, para facilitar o entendimento de cada parte, e assim descobrir o que você realmente precisa e em que momento precisa.
Configurações de Chassi:
Montantes de motor: MM (mid mount), RM (rear mount), HM (high mount) e LM (low mount), Entre-Eixos: 86mm, 90mm, 94mm, 98mm, 102mm (distância do eixo dianteiro até o traseiro) e largura do chassi (N – Narrow e W – Wide)
O chassi do MR03 vem com um ou dois montantes em suas caixas, e depende do tipo de bolha que você escolheu. Vou dar alguns exemplos para entender a lógica destas siglas e combinações:
- McLaren 12C, La Ferrari, Ferrari 458: Estas bolhas são 98mm W, e vêm com montante do tipo MM. Fora do carro vem também um montante RM para utilização com outras bolhas. O montante MM pode ser usado em 98mm ou 102mm, mudando a posição do T-plate. A frente do chassi vem com as peças Wide instaladas e Narrow fora do chassi para acomodar bolhas estreitas.
- Ferrari 430, Ferrari 360 Modena, Subaru Impreza: Estas bolhas apresentam entre-eixos de 94mm, algumas W e outras N, então não podem usar o montante MM. Para isso vem montadas com o montante RM, que pode ser usado em bolhas de 86mm a 94mm de acordo com a posição do montante e do T-plate utilizado.
- Mini Cooper, Vits, New Beetle, Golf R32: Estas bolhas são curtas (90mm de entre-eixos) e Narrow (estreitas) e não possuem espaço suficiente para utilização de um montante RM, portanto existe este montante especial (HM) para que o motor fique acima do eixo. Isso é uma desvantagem pois o CG fica muito alto.
- Bolhas LeMans (Porsche, Honda, Mazda, protótipos em geral): Estes carros são largos, compridos e baixos, portanto usam montantes LM e frente wide, na configuração 102mm de entre-eixos. Possuem a vantagem de um baixíssimo CG (dificilmente capotam), mas possuem desvantagens em curvas, pois o raio de curva mínima é maior.
- Off Set:
Off Set é o termo usado para as diferentes rodas disponíveis para Mini-z. As rodas dianteiras possuem largura de 8mm, e as traseiras, 11mm. Os pneus acompanham estas medidas.
Os Off-sets são medidos em milímetros, então vamos tomar como exemplo um comparativo entre três bolhas:
Ferrari Enzo: (W) F+1N/R+3W – Usa o chassi na configuração Wide, com rodas +1 estreitas na frente e +3 largas na traseira.
McLaren F1: (W) F0N/R0W – Usa chassi na configuração Wide, com rodas 0 estreitas na frente e 0 largas na traseira.
Mini Cooper: (N) F0N/R0N – Usa chassi na configuração Narrow, com rodas 0 estreitas na frente e 0 estreitas na traseira.
Os Off-sets acompanham os folhetos ilustrativos das bolhas, mas nem sempre estão de fácil acesso. Pergunte a um amigo ou procure na internet sobre modelos que você não encontra disponível, ou adquira posteriomente um par de rodas de cada off-set (0, 1, 2 e 3, Narrow e Wide) para testar a melhor configuração em novas bolhas.
- Eletrônica:
Temos dois padrões hoje: O ASF e o FHSS (Sports). A diferença na eletrônica está principalmente no número de FETs que eles possuem. FETs são os circuitos que estão presentes nas placas integradas responsáveis por amplificar o sinal recebido pelo transmissor e dosar a corrente do motor. Quanto mais FETs e melhores, mais corrente eles aguentam, e conseguentemente motores mais fortes.
Para o Sports, é seguro utilizar o motor original e o motor x-speedy da kyosho. O primeiro lote de Sports utilizou um FET de baixa qualidade, portanto se não tiver certeza que os FETs de seu sports são de modelo 3010, é seguro utilizar o motor PN70T (70 voltas), com relação limitada ao pinhão de 8 dentes. Mais pra frente falaremos sobre relação, e o que isso influencia na corrente que o motor consome.
Para o ASF, é seguro utilizar praticamente todos os motores do mercado.
Mantenha a placa limpa e muito cuidado ao trocar os motores para não causar curto-circuito com o carro ligado.
Não recomendo muita frequência na limpeza, pois a placa é cheia de fios bem finos, que podem danificar-se ao serem constantemente movidos.
- Motores:
Existem hoje motores feitos pela Kyosho (original e X-speedy), PN Racing (nomeados pelo número de voltas do induzido) e Atomic (com dois diferentes formatos, o formato chamado 130, padrão, e o redondo).
Basicamente o que é necessário entender: O motor original tem 70 voltas (turns), e o X-speedy tem 50 voltas. Quanto menor o número de voltas, mais potente é o motor. Os fabricantes alteram outros componentes para alterar as características de motores, como diâmetro do comutador, composição das escovas, buchas e rolamentos, pressão das escovas e potência dos ímas da carcaça. Teste diferentes motores, e veja o que melhor lhe atende.
Em campeonatos mundiais promovidos pela PN na categoria Stock são utilizados os motores PN70T e PN50T, ambos com buchas no eixo, e não são permitidas quaisquer alterações. Os motores com rolamento apresentam desempenho superior, e também maior duração do pack, e podem ser usados em outras categorias.
- Relação:
O chassi original vem com um diferencial já instalado, com uma coroa de 44 dentes, e um pinhão pré-instalado de 6 dentes. Esta configuração básica é a que apresenta maior torque, portanto uma arrancada maior, e menor velocidade final. No kit original vem também pinhões de 7, 8 e 9 dentes, assim como os calços de motores necessários para fazer o correto “gear match”, ou casamento de engrenagens.
Observe abaixo a tabela de relações possíveis, publicada pela PN Racing, assim como os motores disponíveis.
Note que o Pitch padrão do Mini-z é o 0.5M (largura dos dentes), e há relações opcionais hoje em formatos pitch 64 e pitch 128.
Isso permite uma gama maior de relações para ser usada de acordo com o motor que você possui, e o tamanho da pista / quão travada ela é.
O que é importante: Para pistas com longas retas, relações mais longas são mais interessantes, pois te dão maior velocidade final. Pistas mais curtas requerem mais torque para acelerações após a curva, portanto uma relação mais curta pode ser mais interessante! Tudo depende da tocada do piloto, além do motor utilizado e do layout da pista.
Com essas informações em mente, você poderá acompanhar as discussões na pista e se inteirar melhor do setup básico que é permitido com o kit original de um kit MR03 Sports.
No próximo artigo começaremos a destrinchar as diferentes partes mecânicas do Mini-z, e começar os upgrades que fazem deste hobby um vício saudável e empolgante!
Abraço a todos, e até a próxima!
Artigo 01: Baterias para Mini-z
Olá pessoal! Eu sou Doug, piloto apaixonado de Mini-z e hobbysta como vocês. Tentarei compartilhar um pouco da minha experiência e dos conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, com muita pesquisa, aulas de química e física da graduação além de experimentações em pista e fora dela. No artigo de hoje, vamos falar sobre o que dá vida aos Mini-z, as baterias! E como baterias armazenam energia, falaremos também dos carregadores, para que você possa escolher, de acordo com o seu orçamento, o melhor equipamento disponível.
Vamos começar com um glossário básico. Muitas coisas são conhecidas por um nome e possuem um nome técnico que pode ser utilizado para facilitar o entendimento dos conceitos:
Glossário:
Break in: É o processo de ativação da célula, feita durante a primeira carga assim que se tira as células da embalagem.
Capacidade de carga: Medida em mAh ou Mili-Ampére Hora, e expressa muito sobre a célula. Na teoria, a capacidade de carga total é medida pela corrente que ela consegue manter durante uma hora sob descarga constante. Também representada por 1C.
Células: São as Pilhas e Baterias. Pilhas não são recarregáveis, e baterias são. Chamemos todas de células para uniformizar o texto.
Corrente: Também conhecida vulgarmente como “amperagem”. É medida em Ampére ou mili-Ampére no caso de Mini-z, no ato da carga ou descarga da bateria. 1A = 1.000mA.
Life Cycle: Número de cargas que a bateria pode passar durante sua vida útil.
Pack: No Mini-z, são 4 células em série, sejam elas pilhas ou baterias.
Punch: É o termo usado para descrever a capacidade que a célula tem de suprir a corrente requerida pelo sistema que está alimentando. Veremos mais abaixo como isso influi no comportamento do Mini-z na pista.
Run Time: Tempo de duração da bateria em pista.
Tensão: É medida em Volts (V), e atualmente o dicionário já incorporou o termo Voltagem (para o terror dos professores de física!). Uma pilha alcalina, quando carregada, apresenta tensão de 1,5V. Uma bateria de NiMh apresenta entre 1,2 e 1,25V (chamam estas de HV – High Voltage – Alta Tensão). Este valor é importante para entender o desempenho do carro e do processo de carregamento.
Tipos de baterias:
Aqui começam as dúvidas de quem está iniciando, e principalmente de quem vem de outras escalas: O que é NiMh? Por que NiMh e não LiPo ou LiFe, já tão consolidadas em outras escalas e modalidades?
As restrições ao uso de baterias apenas às NiMh em campeonatos regionais que estão se desenvolvendo no Brasil é uma referência tomada dos campeonatos mundiais. Atualmente, apenas a PN Racing (fabricante americana de upgrades e peças para Mini-z) e a KO Propo (fabricante de rádios que era associada à Kyosho na tecnologia eletrônica do Z) estão promovendo campeonatos em escala mundial, portanto há uma tendência a seguir estas regras e proporcionar um campeonato mais equilibrado.
NiMh é a sigla para Níquel-Metal-Hidreto, substância básica da composição das baterias recarregáveis que usamos no Mini-z, este tipo de baterias apresenta várias vantagens e alguma desvantagens quando comparadas às outras tecnologias disponíveis: Dificilmente explodem durante a carga (a não ser que submetidas à condições muito acima das especificações), possui média densidade de carga (menos eficientes que Lipos e Lifes), podem ser carregadas com uma variedade maior de carregadores, e possuem razoável capacidade de descarga instantânea (punch).
LiPo é a abreviação de Lithium Phosfate, Ou fosfato de Lítio. Estas células apresentam maior tensão (3.7V nominal, trabalham na faixa de 3,0 a 3,9V, e 4.2V no pico de carga), são mais leves e mais eficientes que NiMh. Já testei Lipo 2S (duas células em série = 8.4V) no Mini-z com sucesso, mas não recomendo para evitar queima da placa (principalmente do servo) por excesso de tensão e corrente disponível. Use por sua própria conta e risco!
LiFe é a abreviação de Lithium Iron Phosfate, Ou Lítio-Ferro Fosfato. Apresentam quase as mesmas características da LiPo, mas não explodem e possui tensão ligeiramente menor (3.2V nominal, com tensão de trabalho entre 3.3V e 3.0V, pico de carga a 3.65V). Há baterias de LiFe disponíveis para uso em Mini-z, o que proporciona menor peso e mais potência, mas como efeito colateral, possuem menor run-time, e devido ao menor peso, deixam o carro muito leve e com centro de gravidade (CG) mais alto do que usando NiMh. Recomendada para pilotos experientes, pois “potência não é nada sem controle!”
Agora que entendemos os tipos de baterias, vamos focar na NiMh:
Formação do pack:
Seu Mini-z possui espaço para usar 4 células em série, duas de cada lado do chassi. Essas baterias são presas por clipes plásticos, mantendo-as no lugar durante toda a corrida. Cada célula possui tensão nominal de 1,2V, ou 1,25V. Quando ligadas em série, são somadas as tensões, então um pack carregado possui pouco mais de 5V, pois a tensão de uma bateria é maior quando totalmente carregada. A placa do Mini-z é projetada para esta tensão, portanto todos os componentes são dimensionados para isso (FETs de potência, circuitos de servo, rádio, etc) e possuem um limite inferior de tensão de cerca de 3,5V. Portanto se seu pack não tiver esta tensão, o carro não liga.
Carregando os packs!
Ok, você comprou um pack de baterias e quer carregar eles da melhor forma possível, para obter o melhor punch, ou o melhor run time, ou o melhor life cycle. O que fazer? Qual carregador usar? Como configurar?
Os melhores carregadores para Mini-z funcionam carregando as células individualmente. Os carregadores de LiPo carregam balanceando as células, mas como temos células individuais e a química é diferente, é complicado fazer um carregador que carregue em série balanceando como as LiPos, então este é o melhor sistema disponível atualmente. Citando os melhores carregadores do mercado, temos o SkyRc NC2500 (com Bluetooth para mostrar o gráfico de carga e programação dos parâmetros), o MaHa C9000, O Orion X4 e o Lacrosse (fazem tudo que o SkyRC fazem, só não têm a interface gráfica).
Qual corrente de carga e descarga eu uso? Quantos mA?
Para uso normal, depois da primeira carga, a recomendação é 1C, onde C é a capacidade nominal da bateria. Se a capacidade nominal é 900mAh, 1C = 900mA, ou 0,9A. Se é 750mA, 1C = 750mA. Algumas baterias aguentam corrente superior a 1C, mas lembre-se do cobertor curto: Quanto maior a corrente de carga, mais rápida a reação química ocorre dentro da célula, o que causa aquecimento. O aquecimento acima de 45°C danifica a bateria a longo prazo, diminuindo o Life Cycle, mas também proporciona maior punch, pois quanto mais rápida a reação de carga, mais rápida fica a reação de descarga.
Se você não liga para o Life Cycle, as boas baterias do mercado aguentam 1,5 a 2C de carga, mas em questão de meses o pack apresentará uma queda significativa de desempenho, e você terá de substituí-los com maior frequência.
Carregando os packs de forma individual:
Primeira carga (Break in): As baterias vêm descarregadas, e precisam ser ativadas. Na primeira carga, as moléculas internas do carregador são ativadas, e para uma ativação uniforme e completa, recomenda-se a menor corrente que seu tempo e paciência permitir. Para baterias entre 700 e 1.000mAh de capacidade, recomendo um ciclo composto de: Carga a 0,2A seguido de Descarga a 0,5A e na sequência uma carga de 0,7A ou 1A. Desta forma você consegue ativar a célula de maneira uniforme, maximizando seu rendimento durante todo o Life Cycle.
Existem carregadores que fazem o processo de Break in automaticamente em uma programação específica, em que você apenas insere a capacidade nominal da célula e ele se encarrega de fazer o processo de carga lenta / descarga / carga automaticamente.
Demais cargas: Se utilizar sempre o carregador individual e boas baterias, pode usar 0,7 a 1A que terá um bom punch e uma Life Time muito boa.
Carregando os packs em série (carregadores Imax e demais carregadores de Lipo)
Primeira carga: Recomenda-se fazer o mesmo processo acima, porém célula por célula. Este procedimento garante a ativação de cada célula individualmente, evitando danos às células.
Demais cargas: Carga a 0,7 a 1A, e a cada 20 ciclos uma descarga / carga individual.
Por que ter um carregador individual se o meu em série funciona bem?
Esta discussão é boa, e precisa de um pouco de teoria para entender como funciona a carga e principalmente como o carregador determina o tempo certo de carga.
Os carregadores de NiMh utilizam o ΔV (diferença de tensão em um curto espaço de tempo), para detectar quando a célula está completamente carregada. Quando analisamos um gráfico de carga, vemos um aumento gradual da tensão da célula até um pico de tensão, e depois uma leve queda. Este é o sinal que o carregador enxerga que a célula está carregada: Mantendo a corrente de carga, a tensão começa a cair ao invés de se manter em constante subida.
Ao utilizar um carregador em série, o carregador passa a enxergar o conjunto de células como uma única célula. Então suponha que você pegue uma célula totalmente carregada e outra totalmente descarregada. Na média, você tem uma célula que teria meia carga. Então ao aplicar a corrente, como está em série, a carga será distribuída igualmente entre as duas células. O que vai acontecer? A célula cheia continuará sendo carregada além de sua capacidade, o que danifica permanentemente a célula, e este efeito é cumulativo, podendo em certos casos causar inclusive o vazamento ou explosão da célula por super-aquecimento! Em compensação, a célula que estava vazia não será totalmente carregada, sendo interrompida a carga antes do final.
Resultados práticos: O Run Time do pack vai diminuir, assim como o punch, e também terá um Life Cycle cada vez menor, pois quando tirar a bateria do carro, elas continuarão diferentes!
Este é o motivo principal de que não seja utilizado o carregador em série. Para amenizar este efeito danoso às células, pode ser utilizado um descarregador individual (ou equalizador), disponível para venda nas lojas de hobby ou mesmo soluções caseiras utilizando resistências e lâmpadas / leds. Existem vários tutoriais disponíveis na internet para a construção destes equalizadores, que devem ser utilizados antes do início de cada ciclo.
Montando packs (matching)!
Agora que você entendeu como funciona a carga e a importância que este processo tem no desempenho geral do seu carro, como montar um “pack campeão”?
São necessárias várias células e muita paciência para fazer isso. Vou dar um exemplo utilizando 4 packs. Você tem 16 células iguais (mesmo fabricante e capacidade) para reagrupa-los de acordo com a sua capacidade. É necessário um ciclo de descarga / carga, sendo que o ideal é padronizar o procedimento e repetir pelo menos duas vezes com cada célula, anotando o valor obtido no primeiro e no segundo ciclo, respeitando tempos de descanso e corrente utilizada.
Ex: Pegue o primeiro pack e coloque para descarregar as 4 células individualmente a 0,3A. Ao final deste ciclo, deixe o pack descansando no carregador por 2 horas (resfriamento e equalização). Após estas duas horas, carregue a 1C. Anote a quantidade de mAh que entrou em cada bateria. Repita este procedimento, respeitando o intervalo de 2 horas entre a descarga e a carga. É importante avaliar a consistência entre os resultados. Se for maior que 20%, repita o procedimento e descarte o menor valor.
Depois de feitos os procedimentos com todas as 16 células, basta reagrupar as células na ordem de maior para menor capacidade.
Pack 1: 780, 770, 750, 747
Pack 2: 730, 724, 720, 706
Pack 3: 690, 685, 648, 630
Pack 4: 620, 602, 595, 530
Feito isso, utilize os packs 3 e 4 com mais frequência para treino, usando os packs 1 e 2 apenas uma vez por dia em treinos e para competição.
O “matching” como é chamado este procedimento, é feito considerando também a resistência interna das células, mas a análise é mais complexa e pouquíssimos carregadores trazem medições confiáveis deste parâmetro.
Manutenção de células:
Baterias de NiMh devem ser guardadas carregadas, e é recomendável um ciclo de carga e descarga uma vez a cada 3 meses, caso fiquem paradas por muito tempo (além de um psicólogo para os efeitos da abstinência de Mini-z). Caso tenha tempo, uma vez a cada 15 dias dê uma carga a 1C para mantê-las carregadas, se utilizar carregador individual. Se utilizar em série, equalize primeiro, depois carregue.
Caso vocês tenham sugestões ou dúvidas sobre este artigo, mandem um e-mail para doug01n@gmail.com, que terei prazer em esclarecer e debater o assunto.
Abraço a todos, e ótimas corridaZ!
Doug